segunda-feira, 30 de março de 2009

O protesto dos peleguinhos

No Estadão online:

CURITIBA - Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) uniram-se ao protesto organizado pelas entidades sindicais nesta segunda-feira, 30, em Curitiba, para marcar o Dia Internacional de Luta em Defesa dos Empregos. "A luta tem que ser ampliada, pois temos que nos defender contra o inimigo maior que é a burguesia", pediu o líder regional do MST Roberto Baggio. "Este é um ato de unidade." Além do MST, participaram representantes da Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), vários sindicatos e estudantes.
No caminho entre a Praça Santos Andrade e a Assembleia Legislativa, onde fizeram protesto contra deputados que rejeitaram uma proposta de emenda constitucional que vinculava incentivos fiscais e financeiros à manutenção de empregos e onde pediram a aprovação do salário mínimo regional de R$ 629, eles pararam em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e do Banco Central. Neste, a parede foi pichada com a inscrição: "Chega de demissões, a crise é do patrão".
Para Baggio, o Banco Central "aplica o dinheiro para preservar interesses dos capitalistas falidos". "Os recursos recolhidos devem ser investidos em benefício do conjunto da população com políticas públicas de saúde, educação, reforma agrária e salários", acentuou. De acordo com o diretor da Força Sindical no Paraná, Nelson de Souza, o objetivo foi chamar a atenção da sociedade sobre a gravidade da crise. Ele acentuou que os efeitos já são sentidos no País, principalmente em demissões. "Nós sabemos que não é uma crise por falta de produção, mas por falta de crédito", destacou. Ele foi um dos que discursaram pedindo a redução imediata dos juros.

Olha os peleguinhos de Lula em ação. Ninguém criticou a declaração do Apedeuta de que não era tempo de pedir reajuste salarial. Se fosse em outros tempos, ou outros governos, a cabeça do presidente já teria sido pedida há muito tempo. Ninguém critica a maneira jocosa como o governo tratou a crise. Ninguém critica a ilusão que Lula passou para o povo. Será que, se Fernando Henrique Cardoso abrisse os cofres para os “movimentos sociais” ele conseguiria algum apoio nas crises econômica que o país enfrentou no seus dois governos? Aqui vai uma dica para o próximo presidente: comprem os “movimentos sociais”. Eles vão fazer tudinho que o chefe mandar.

Nenhum comentário: