sábado, 1 de novembro de 2008

A realidade é outra

Iris Rezende disse que vai fazer uma reforma administrativa na prefeitura. Foi só ele ganhar a reeleição para dizer isso. E foi além: disse que precisa enxugar a máquina, cortar gastos por conta da crise mundial. Crise? Que crise?
É só acabar as eleições para vermos os estragos da atual administração. Os eleitos não conseguem ver o que vão herdar e os reeleitos falam em reformas. Lembro aqui mais uma vez o governador Alcides Rodrigues, o popular Cidinho. Até 2006 era tudo uma maravilha, o Estado de Goiás era uma coisa de louco, que não parava de crescer. Fruto do Tempo Novo que fizeram o que nunca foi feito na história destêstado. A partir de 2007, quando Cidinho tomou posse no cargo de governador, o assunto mudou de uma hora para outra. Caímos do paraíso propagandístico do Tempo Novo para a realidade nua e crua. Cidinho falou que os cofres estavam vazios e que era preciso dar um jeito no “estado paquidérmico” (expressão dele). Mas não estava tudo uma maravilha até 31 de dezembro de 2006? O então governador Marconi Perillo não tinha deixado tudo organizado para o seu sucessor? O que aconteceu? Até hoje ninguém sabe o que aconteceu com as finanças do estado na transição dos governos Marconi – Cidinho. Marconi dizia que recebeu do Tempo Velho (leia-se PMDB de Iris Rezende e Maguito Vilela) um estado quebrado. E, oito anos depois, entrega ao seu sucessor um estado quebrado. Como assim? Até hoje ninguém explica.
Eduardo Paes abraça forçadamente seu antigo guru César Maia na tentativa de fazer uma equipe de transição no Rio de Janeiro. Gilberto Kassab terá que abrigar seus aliados que o ajudaram a vencer Dona Supla em São Paulo. E aqui em Goiânia, Iris Rezende fala em reforma administrativa e cortar gastos. Diz o ditado que em time que está ganhando não se mexe. Isso só vale no futebol. Na política, time que está ganhando mexe para abrigar as novas contratações que, segundo dizem por aí, é uma promessa nas quatro linhas.

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