segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Meu nariz entupido e o Falastrão de Honra do PT

Não é gripe. É só o meu nariz que está entupido. Só isso! Estava assistindo pela GloboNews a cerimônia de posse do Lobão no Ministério de Minas e Energia. Lula, claro, estava falando. Lula sempre falou. Lula sempre foi o Falastrão de Honra do PT.
Peguei a transmissão da cerimônia pela metade. Mas, vi a insatisfação de Lula com as críticas, com aqueles que, segundo ele, não querem ver o sucesso do Brasil. Todas as vezes que eu vejo na televisão ou leio no jornal Lula criticando a oposição ou os “pessimistas” que não querem ver o melhor momento que estêpaiz está vivendo desde a chegada de Pedro Álvares Cabral eu lembro das críticas que ele, Lula, Falastrão de Honra do PT, fazia quando era oposição. Lembro das críticas que ele fazia à política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso. E, diga-se de passagem, se hoje ainda não sentimos de cara os efeitos da crise lá nos Estados Unidos, se deve ao fato do Falastrão de Honra do PT ter optado em seguir a política econômica que ele sempre criticou quando era oposição. O Plano Real acabou com a inflação. Lula e o PT foram contra. Diziam que era um “estelionato eleitoral”. Imagine se alguém do governo falasse que o petista era um pessimista, que não queria o sucesso do Brasil. A barulheira seria muito grande. Com Lula no Planalto, fazer oposição, criticar ou mostrar relatórios que apontam as falhas do governo virou algo ilegal, algo que a Constituição não garante. Tinha gente de dentro do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2001, que dizia que não haveria crise energética. E a crise veio. Ninguém deu bola para os relatórios que mostravam as falhas, os problemas, as deficiências que o pessoal lá do Planalto achava que era coisa de pessimista, de gente que não queria ver o Brasil crescer. Deu no que deu. O Brasil apagou. E a história está se repetindo. Parece que o Brasil gosta de sofrer.
Sim, estamos a beira de outro apagão. No post abaixo eu coloquei uma matéria que está no site do próprio ministro recém empossado na qual ele avisava, do alto da tribuna do Senado, em abril de 2007, sobre o risco de um novo apagão. Será que Edison Lobão se lembra do discurso de abril de 2007?
Ainda na cerimônia, Lula falou sobre o gás. Ah, o gás... Quando falam no gás eu lembro de Evo Morales, o índio boliviano que rasga contratos, que rompe acordos, que nacionaliza empresas que exploram o gás da Bolívia na calada da noite. Mas Lula é amigo de Evo e sempre que Evo sacaneia com o Brasil Lula bate palma, exalta o povo boliviano e que se danem os brasileiros.
Meu nariz continua entupido. Meu corpo não dói. Não pode e não deve ser febre amarela porque estou vacinado. Nariz entupido e os olhos sempre abertos. Vi na cerimônia de posse do Lobão um certo Paulo Maluf. Quem diria que numa administração petista Paulo Maluf estivesse presente no Palácio do Planalto, numa cerimônia de posse. Meu nariz está entupido, mas vejo as coisas. Meu nariz está entupido, mas minha memória funciona. Numa campanha presidencial Lula disse: “No meu palanque corrupto não sobe. No meu governo corrupto não entra”. Lá estava Paulo Maluf aplaudindo as palavras do Falastrão de Honra do PT.
Os avisos foram dados. Temos problemas no setor elétrico e a nossa economia não está assim tão protegida contra a crise da economia dos Estados Unidos. Os pessimistas falaram. Os pessimistas avisaram. Ouçam quem tenham ouvidos. Vou ali assoar o meu nariz. O último que ler este post apague a luz quando sair.

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