segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Só depois da tragédia

Os relatórios que apresentavam o Estádio da Fonte Nova como o pior do Brasil não foram capazes de sensibilizar o governador da Bahia Jaques Vagner. Ele não tomou nenhuma iniciativa quando a imprensa divulgou os resultados das inspeções feitas nos estádios em ocasião da confirmação do Brasil como sede da Copa de 2014. Ele achou que só bastava pintar o estádio para deixá-lo pronto.
Ontem oito pessoas morreram depois de despencarem da arquibancada do estádio que abrigava o jogo entre Bahia e Vila Nova pela Série C do Campeonato Brasileiro. Foi preciso a morte destas oito pessoas para que Jaques Vagner interditasse a Fonte Nova. Só depois da tragédia que o governador baiano resolveu fazer alguma coisa.
Vi ontem no programa Bate Bola da ESPN Brasil o depoimento de um torcedor revoltado cobrando as promessas de Jaques de que o Estádio da Fonte Nova seria reformado para receber algum jogo da Copa de 2014. Será que os lulistas bolivarianos vão questionar a renda do entrevistado, saber se ele era rico ou pobre para confirmar a veracidade da sua revolta? Será que Jaques vai ter a cara de pau de tirar o dele da reta e culpar o governo anterior pelas más condições do estádio? Este é o modelo petista de governar: sempre esperar uma tragédia acontecer para depois tomar providências. E sempre que alguma coisa de ruim acontece a culpa é do governo anterior. Talvez os onze meses que Jaques está à frente do governo baiano não tenham servido para nada.

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