quinta-feira, 26 de março de 2009

O bom companheiro

Na Folha:

Eleito ontem para presidir o Conselho de Ética da Câmara, o deputado José Carlos Araújo (PR-BA) defendeu penas mais brandas para colegas investigados por quebra de decoro. Sem citar nomes, ele disse que parlamentares cassados não mereciam punição tão severa, pois cometeram "erros leves", e citou como exemplo os envolvidos no escândalo do mensalão.
Dos 19 deputados acusados de participar do mensalão -esquema de compra de apoio político gerido pelo publicitário Marcos Valério de Souza e coordenado pela cúpula do PT-, 12 foram inocentados em plenário, 4 renunciaram antes da abertura do processo para escapar à punição e apenas 3 foram cassados.
"Poderiam ter recebido penas menores. Isso vale também para os que foram absolvidos, que não mereciam a cassação, mas algum tipo de advertência", afirmou, citando também como possível pena alternativa o afastamento temporário.
Eleito com 12 votos a favor, um em branco e nenhum contra, o deputado tem um histórico de votos por absolvição no Conselho: como suplente, votou a favor de quatro colegas envolvidos no mensalão.
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Os deputados podem ficar felizes. O novo presidente do Conselho de Ética da Câmara é um bom companheiro. Quando não quer absolver seus colegas propõe uma pena mais branda. Para José Carlos Araújo, novo presidente do conselho, o mensalão não foi tão grave assim e os mensaleiros mereciam pena mais leve.
José Carlos absolveu o irmão de Renan Canalheiros e Paulinho da Força. Votou a favor de quatro mensaleiros.
Os deputados podem ficar felizes. José Carlos Araújo é um bom companheiro. Pelo seu retrospecto político alguém pode negar?

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