quarta-feira, 25 de março de 2009

PF prende dez suspeitos por crimes financeiros; Camargo Corrêa é alvo de operação

Na Folha online

A Polícia Federal prendeu dez pessoas suspeitas de cometerem crimes financeiros e lavagem de dinheiro em operação deflagrada nesta quarta-feira. Entre os presos estão quatro diretores e duas secretárias da construtora Camargo Corrêa.
De acordo com a PF, a operação, batizada de Castelo de Areia, foi deflagrada para desarticular uma quadrilha inserida na construtora. Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos locais do país.
Em um dos locais investigados no Rio, a polícia apreendeu mais de R$ 1 milhão. Ao todo, foram expedidos dez mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão.
Por meio de nota, a
Camargo Corrêa se disse perplexa com a operação e que confia nos funcionários detidos, embora ainda não tenha acesso às informações da PF.
"A Camargo Corrêa vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos hoje pela manhã, quando a sua sede em São Paulo foi invadida e isolada pela Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o momento a empresa não teve acesso ao teor do processo que autoriza essa ação", afirmou a empresa.

Políticos

Segundo
informações da colunista Mônica Bergamo, a investigação vai respingar em alguns dos principais partidos políticos do país.
Os principais crimes investigados pela Polícia Federal na operação são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações. Somadas, as sentenças por esses crimes podem chegar a 27 anos de prisão.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha movimentava dinheiro sem origem lícita aparente através de empresas de fachada e operações conhecidas como dólar-cabo --sem registro no Banco Central, através de depósito em conta brasileira de doleiros que possuem contas no exterior para transferência ao destino final do dinheiro.
O objetivo era prender funcionários da construtora, além do articulador do esquema criminoso e dos doleiros identificados, segundo comunicado da PF.
Diversos clientes dos doleiros investigados foram também identificados e podem responder por crime de evasão, cuja pena chega a seis anos de prisão. Serão instaurados inquéritos policiais para apurar suas participações.

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