quinta-feira, 12 de março de 2009

A polícia do Sarney

No Estadão:

Preocupado com a hipótese de que a cassação do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), desencadeasse uma revolta que pusesse em risco os bens da família em São Luís, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ordenou que quatro servidores da área de segurança da Casa reforçassem a defesa dos imóveis do clã na cidade. Por determinação de Sarney, os policiais "mapearam" as hostilidades por quatro dias. A viagem, tida como "missão oficial", ocorreu antes de Agaciel Maia deixar a diretoria-geral da Casa.

Os policiais chegaram a São Luís no dia 9 de fevereiro, véspera da data marcada para o julgamento de Lago, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O governador foi cassado pela corte apenas na quarta-feira da semana passada, quando o TSE também determinou a posse da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), segunda colocada no pleito de 2006. Apesar disso, Lago ainda recorre no cargo.

Dois dos policiais - Cláudio Hilário e João Percy do Carmo Pereira - integram a "equipe aproximada" do presidente do Senado, como são chamados os agentes encarregados de sua segurança. Os outros dois, Paulo Cézar Ferreira de Oliveira e Jacson Bittencourt, são considerados homens da confiança do diretor da polícia da Casa, Pedro Araujo Carvalho.

O primeiro-secretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que não sabia da viagem, que só em diárias custou cerca de R$ 4 mil ao Senado. "Eu teria de ficar sabendo, vou ver o que é que houve", disse.
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Vejam vocês como é José Sarney. Usa e abusa do poder de presidente do Senado em benefício próprio. Faz igual seu amigo Renan Canalheiros fez em 2007 quando não conseguia explicar as acusações de que uma empreiteira teria pago a pensão de sua filha com uma jornalista e perseguia seus adversários. Isso é abuso de poder. Pelo visto, o PMDB não quer só poder. Quer poder e abusar deste poder.

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