sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Rindo dos cartões

O petismo banalizou a corrupção no Brasil. Antigamente eram eles que protestavam quando saía na imprensa alguma denúncia de corrupção. Lembro muito bem dos petistas pedirem a cabeça do denunciado. Hoje, nós vemos os ladrões do passado dividindo palanque e cargos com os cavaleiros da ética. O PT não sente vergonha ao ser flagrado roubando dinheiro público. Eles preferem desviar o foco, falar que a corrupção sempre aconteceu e que no governo de São Paulo a corrupção é maior. Eles sempre fazem isso, sempre desviam o assunto.
A farra dos cartões corporativos não choca a imprensa governista, a imprensa que escreve em nome do governo, a imprensa que deseja ardentemente blindar Lula. Eles riem dos cartões corporativos. Eles falam que o governo José Serra, em São Paulo, também faz farra com cartões. Os petistas não mostram se os cartões de Lula são iguais aos cartões de Serra. Eles só jogam lixo no ventilador e pronto! Todo mundo está sujo. Epa! Todo mundo não. Me inclua fora dessa, meu filho.
E os jornalistas lulistas fazem piadas sobre o cartão corporativo. “Para que uma CPI da Tapioca?” perguntam eles procurando mostrar inocência. “Tem tantos casos de corrupção piores do que a tapioca que o ministro Orlando Silva comeu?” Quem acha legal, quem não se importa com político que rouba R$ 8 acha normal roubarem R$ 8 mil, R$ 8 milhões, R$ 8 bilhões. Falta é aquele sentimento de vergonha, de vontade de investigar tudo e todos e mostrar quem farreou com dinheiro público, quem deve ir pra cadeia. O problema é que estamos acreditando nas lorotas dos jornalistas petistas que fazem de tudo para transformar a farra dos cartões corporativos numa piada de salão, assim como eles fizeram com o mensalão, seguindo as orientações do mestre Delúbio Soares de que o mensalão não daria em nada e que tudo acabaria numa piada de salão. Estamos acostumados com CPI acabando em pizza. Enquanto eles riem dos cartões corporativos nós pagamos a tapioca do Orlando Silva e as safadezas de Jader Barbalho passando pelos “empréstimos” de Marcos Valério.

Nenhum comentário: