sábado, 2 de fevereiro de 2008

Franklinstein Martins e a censura

Franklin Martins não quer que o povo brasileiro saiba como e quanto a Presidência da República gasta o dinheiro público. A culpa não é do ministro que compra tapioca e paga com cartão corporativo. A culpa é do portal que divulgou os números da gastança. Franklinstein Martins quer a censura. Ninguém mais pode saber quanto Lula gastou no jantar, quanto o ministro gastou na compra da tapioca, quando o assessor gastou naquele shopping. Não! Franklinstein não quer saber disso. Tudo tem que ser escondido. Tudo tem que ser secreto. Que mania besta essa de querer bisbilhotar a vida dos políticos.
Fico eu aqui pensando se Franklinstein Martins ainda fosse um comentarista político o que ele diria dos gastos dos excelentíssimos. O hoje secretário de Imprensa escrevia colunas políticas para diversos jornais. Ele tinha um blog no IG. Foi neste blog que eu achei um artigo escrito por Franklinstein em 1999 no qual enumerava as crises do governo Fernando Henrique Cardoso num curto espaço de tempo. Era crise política atrás de crise política. Naquela época a imprensa não era golpista. Naquela época se algum ministro ou secretário mandasse censurar alguma matéria da imprensa logo era detonado, criticado, surrado em artigos publicados aqui e acolá. Na era lulista, fazer críticas ao governo virou um pecado. Paulo Henrique Amorim quer até que o Ministério Público fique de olho nos jornais. Já imaginou se algum cara do alto escalão mandasse o Ministério Público ficar de olho em Paulo Henrique Amorim nos tempos de FHC? Pois é...
Essa gente não quer que todo mundo veja a gastança dos escalões do governo Lula. Essa gente adora fazer tudo no escurinho, bem escondido. O secretário de Imprensa Franklinstein Martins quer a censura. Também, o que esperar de um ex-comentarista político que defendia a implantação da ditadura comunista nos anos 1960. É a prova de que o mundo muda, mas essa gente não muda. Eles querem é que as pessoas fiquem mudas. Mas terão trabalho para fazer isso. Muito trabalho.

Nenhum comentário: