quinta-feira, 4 de junho de 2009

O bastião das liberdades civis

No Jornal do Brasil

Foi uma demonstração dura de liberdade de expressão fora do Conselho Legislativo de Hong Kong na semana passada: trabalhadores do setor de construção exigindo aumento de gastos em obras públicas, aposentados pedindo pensões mais elevadas, e legisladores vestindo camisas pretas com o desenho de tanques, pedindo que o governo de Pequim se desculpasse pelo massacre na Praça da Paz Celestial há 20 anos.
Nos 12 anos desde que passou do domínio britânico para o chinês, Hong Kong permaneceu um bastião de liberdades civis desconhecidas na China, sob o arranjo "um país, dois sistemas".
O resultado foi a continuação de imprensa livre, Judiciário independente e burocracia eficiente. Hoje, dezenas de milhares devem fazer uma vigília com velas em Victoria Park para comemorar o massacre de 1989 da praça, em que centenas de estudantes em defesa da democracia foram assassinados. No resto da China, qualquer menção dos eventos na Praça da Paz Celestial foi banida da mídia ou discurso público.
Muitos defensores da democracia e de liberdades civis, contudo, estão cada vez mais ansiosos sobre se a política do laissez-faire de Hong Kong pode manter sua independência do autoritarismo de Pequim e sua identidade distinta como uma amálgama das sensibilidades chinesas e ocidentais.
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