sábado, 6 de junho de 2009

Só ele se empolga

Por Larissa Bittar
no Diário da Manhã

A cautela em anunciar se de fato será candidato a governador do Estado em 2010 tem sido justificada pelo prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), como “respeito à vontade popular”. Previamente lançado ao Palácio das Esmeraldas por companheiros de legenda e pelo próprio presidente regional do PMDB, Adib Elias, Iris tem reforçado que, “se Goiânia deixar, eu vou”. A justificativa, a partir de agora, passa a perder consistência, já que o aval popular, segundo o próprio prefeito, foi dado.Na tarde de ontem, em visita ao Residencial Itamaracá para vistoriar 113 casas populares construídas pela prefeitura, Iris afirmou sentir o clamor da população em torno de seu nome para o próximo pleito e, seguindo o ritual comum de quem se prepara para disputar um cargo, ressaltou as obras que já realizou. “Goiânia se empolga com a ideia (de que seja candidato) e quando chegam em mim e falam: “Você tem que se candidatar a governador”, eu pergunto o porquê. Aí vem um e diz: “porque quando você foi governador fez muito por Goiânia”, e é verdade. 80% da água que se consome em Goiânia foi resultado do meu trabalho. Foi como governador que distribuí 20 mil lotes e casas em Goiânia, que construí o Palácio da Justiça, o Fórum, a estação rodoviária, o Centro de Cultura e Convenções. Muitas coisas o Estado pode fazer por Goiânia e a cidade entende isso.”Apesar do discurso de pré-candidato, o prefeito não abriu mão do cuidado em relação ao objetivo de disputar o Executivo estadual, argumentando que tem “bons motivos para não tomar qualquer decisão agora que seja precipitada”. Iris, contudo, insinuou disposição para a disputa, sinalizando pretensão de dedicar mais tempo aos palanques do que os principais adversários poderiam desejar. “Eu me entreguei de uma vez por todas à política. Quando perdi eleição para senador (2002) me afastei e, quando decidi voltar, foi para ficar. Então eu quero servir; não tenho o direito de ficar omisso aqui em Goiás, pelo tanto que o povo me proporcionou ao longo da minha vida. O que eu posso dar hoje? A minha experiência, o meu ideal, que não acaba. Como governador ou até como dirigente do partido eu tenho é que participar para ajudar nossas lideranças a dar um rumo para Goiás.” Leia mais aqui.

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