terça-feira, 12 de maio de 2009

Polícia Federal investiga dirigentes do Senado

Por Vasconcelos Quadros
no Jornal do Brasil

Polícia Federal vai abrir inquérito para apurar as denúncias de desvio de recursos públicos em contratos terceirizados envolvendo os ex-diretores do Senado Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi e, ainda a mulher deste, Denise Zoghbi, ex-diretora do Instituto Legislativo Brasileiro, órgão que também é ligado ao Congresso, informou o diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa. A investigação ficará a cargo da Superintendência da PF em Brasília, que aguarda apenas a chegada do requerimento do procurador da República Gustavo Peçanha Veloso para designar um delegado para atuar no caso. O ponto de partida são as suspeitas de que Maia ocultou bens ao colocar no nome do irmão, o deputado João Maia (PR-RN), uma mansão de R$ 5 milhões comprada na margem do Lago Paranoá, na Asa Sul, em Brasília, e a denúncia de que os Zoghbi teriam registrado em nome de uma babá empresas da família que intermediaram empréstimos consignados entre instituições bancárias e funcionário do Senado.
Embora o presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), preferisse que as investigações ficassem por conta da Polícia Legislativa do Senado, a Polícia Federal abriria investigação porque as supostas irregularidades estão ligadas também às detectadas em 2006, durante a Operação Mão-de-obra. Na ocasião a PF descobriu um suposto esquema de licitações viciadas em vários órgãos da Esplanada dos Ministérios operado por empresas que executavam serviços terceirizados pelo Executivo e Legislativo. No caso do Senado, as denúncias envolveram duas empresas, a Conservo e a Ipanema que, juntas, seriam responsáveis por desvios da ordem de R$ 35 milhões por ano.
– Agora as denúncias sobem um degrau acima – disse ontem uma fonte da Polícia Federal ao se referir às suspeitas envolvendo os nomes dos ex-diretores do Senado. Há três anos a PF chegou apenas às empresas responsáveis pelas licitações fraudadas pelas empresas à base de pagamento de propina a servidores públicos de cada setor. Depois das denúncias publicadas há duas semanas pela revista Época, apareceram os nomes de Agaciel Maia, João Carlos e Denise Zoghbi.
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