terça-feira, 12 de maio de 2009

Doação oculta é a preferida dos maiores financiadores

Por Fernanda Odilla e Alan Gripp
na Folha

Principais financiadores das eleições municipais de 2008, empreiteiras, bancos e empresas de coleta de lixo utilizaram em larga escala o artifício das doações ocultas no ano passado. Deram aos partidos, camuflando os verdadeiros destinatários dos recursos, R$ 85,9 milhões, 55% a mais do que o repassado diretamente a candidatos e comitês de campanha.Ao contribuir com as legendas, as empresas evitam vincular o seu nome a candidatos. O dinheiro entra no caixa do partido, que, por sua vez, repassa os recursos às campanhas. A sigla é que aparece como doadora. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estuda barrar a estratégia, permitida pela lei.Representantes dos três setores lideram as doações feitas aos partidos em 2008. Essas mesmas empresas foram mais comedidas nas contribuições diretas a candidatos e a comitês financeiros -R$ 55,5 milhões. Nesse caso, os repasses são publicados na internet 30 dias após as eleições. Na doação ao partido, a prestação de contas só é feita no ano seguinte.Maiores financiadores de 2008, as empreiteiras distribuíram R$ 60,1 milhões aos partidos e R$ 46,2 milhões a políticos e comitês. No caso de bancos e empresas de lixo, a proporção de doações ocultas cresce -os repasses foram, em média, três vezes maior. Quase todas as grandes empresas desses setores, líderes tradicionais em doações, optaram pelos dois meios de financiamento. Leia mais aqui.

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