terça-feira, 19 de maio de 2009

Terrorismo petralha

Na Folha

Sob a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo partiu ontem para o ataque contra os tucanos, classificando a criação da CPI da Petrobras de tentativa de "desmoralização da empresa para privatizá-la" a até um ato de "extrema violência", que leva insegurança ao mercado.Numa reedição da estratégia utilizada durante a campanha da reeleição, quando Lula derrotou o tucano Geraldo Alckmin, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse que o PSDB tem interesse em instalar a investigação para "desmoralizar" a Petrobras e, assim, prepará-la para privatização.Já o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), além de dizer que a CPI é uma "coisa de extrema violência", afirmou que poderá haver "grande estrépito" não só no Brasil como nos Estados Unidos e na Europa, podendo "assustar os investidores". "Acho que haverá prejuízos para a empresa e o país."Nessa mesma linha, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que a CPI pode "atrapalhar a empresa e provocar volatilidade no mercado". A criação da CPI não teve efeito aparente ontem nas ações da estatal, que subiram 4,8%, movimento próximo ao do Ibovespa (5,01%).Os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Carlos Lupi (Trabalho) também fizeram críticas à oposição, numa ação coordenada para colar no PSDB uma imagem contrária à Petrobras e, com isso, isolar o partido na tentativa de investigar a estatal.Esse movimento já era esperado pelos tucanos, que discutiram reservadamente uma estratégia para se contrapor à ofensiva. Na avaliação da cúpula do PSDB, o partido terá de mostrar que deseja uma investigação responsável para tornar a empresa mais transparente. Leia mais aqui.

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