quinta-feira, 21 de maio de 2009

Lula descarta tese do 3º mandato, mas aliados se movimentam no Congresso

Por Cláudia Trevisan e João Domingos
no Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou enfaticamente ontem em Pequim a possibilidade de disputar um terceiro mandato, diante da eventual inviabilidade da candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por conta de seu estado de saúde. "Eu não discuto essa hipótese. Primeiro, porque não tem terceiro mandato e, segundo, porque a Dilma está bem", afirmou Lula pela manhã, pouco antes de deixar a China rumo à Turquia.Lula disse que conversou ontem à noite com o médico da ministra, Roberto Kalil, e foi informado de que as dores haviam passado. "Foi uma reação à quimioterapia e os médicos disseram que não tem nenhum problema", observou. "A Dilma vai fazer a quimioterapia dela, mas ela está totalmente curada. Não tem problema."A ministra foi internada na madrugada de terça-feira no Hospital Sírio Libanês em São Paulo com fortes dores na perna, efeito colateral da quimioterapia a que ela se submete. Dilma teve alta ontem, mas deve reduzir seu ritmo de trabalho. Mesmo com as declarações enfáticas de Lula em Pequim, em Brasília, a parte da base aliada ao Planalto que defende mais uma reeleição para o presidente não se desarmou no Congresso. O deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) continuou ontem a coletar assinaturas para sua proposta de emenda constitucional, que se aprovada possibilitará a Lula a sexta candidatura consecutiva desde o fim da ditadura militar."Já tenho 178 assinaturas de apoio ao projeto e um monte de gente querendo aderir", disse Barreto, que pretende apresentar a proposta no fim do mês. Já o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) informou que não mais apresentará seu projeto de convocação de plebiscito para a população decidir se quer ou não um terceiro mandato para Lula. "Ele me desautorizou a continuar. Então, não existe mais nenhum projeto Devanir Ribeiro." Leia mais aqui.

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