terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Num minguado terceiro lugar

Não sei por que tanta gente está dando importância para a posse de Geraldo Alckmin na secretaria de Desenvolvimento de São Paulo. Muitos falam que é uma jogada de José Serra para consolidar sua candidatura a presidência no ano que vem. Outros falam que é um aviso de Serra para Aécio Neves de que em 2010 quem vai concorrer pelo PSDB é ele e não seu colega mineiro.

Para que dar tanta importância para Geraldo Alckmin? Ataco-o desde o começo da sua desastrosa campanha presidencial em 2006. Não batia em Lula. Deixou Lula ressurgir das trevas do mensalão. Foi para o segundo turno muito beneficiado pelo dossiê fajuto encomendado pelos petralhas aloprados. Mas continuou fazendo a campanha fraca do primeiro turno. Desde então malho Alckmin aqui no blog.

Ano passado ele foi candidato a prefeito de São Paulo. Começou muito bem nas pesquisas. Eu não botava muita fé nele. Vi que sua campanha não daria certo quando ele, ao invés de atacar Dona Supla, atacava Gilberto Kassab. Alckmin poupou o PT para atacar o aliado DEMO. Como dar importância para um cara desse naipe? Os paulistanos trataram de dar um jeito no picolé de chuchu e o deixaram de fora do segundo turno. Quem começou a campanha eleitoral empatado tecnicamente com Dona Supla no primeiro lugar das pesquisas acabou num minguado terceiro lugar. Alckmin saía da disputa paulistana com menos votos de quando começou. Como dar importância para um cara desses?

Alckmin ajudou Lula a ressuscitar depois do mensalão. Alckmin deu munição para Dona Supla atacar Gilberto Kassab. Ainda bem que Kassab mostrou seu potencial e venceu a disputa com o PT.
Desde 2006 que venho falando para não darem ouvidos ao picolé de chuchu. Desde 2006 que venho falando para esquecerem o “Geraldo” em alguma palha do ninho tucano. Mas tem gente que dá importância à ele. Transformam sua posse na secretaria de Desenvolvimento de São Paulo num evento primordial para a campanha presidencial do ano que vem. Alckmin não merece tanto prestígio e nem tem tanta influência para tanto. Façamos que nem a população paulistana: deixemos “Geraldo” num minguado terceiro lugar.

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