segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quarenta anos de AI-5 e Raúl Castro


Não postei nada aqui no dia 13 de dezembro. Estava em Marília-SP (ver post a respeito). No dia 13 de dezembro de 1968, os militares endureciam o regime. Acabou a liberdade e quem protestasse contra o governo seria punido sem nenhuma chance de defesa. Era o AI-5 que entrava em ação. No sábado lembrou-se dos 40 anos que o então presidente Costa e Silva assinava o famigerado ato institucional.

A esquerdopatia condena o AI-5. Enquanto José Dirceu critica os 10 anos de sombra na história, o presidente cubano Raúl Castro desembarca na Ilha Brasília. É recebido com toda pompa. O ajudante de Fidel Castro. O colaborador do regime que matou milhares de pessoas. Recebemos Raúl Castro com baianas rodando seus vestidos e jogando flores na cabeça do tirano. Ao mesmo tempo em que condenamos um ato institucional que calou a boca dos brasileiros durante o regime militar, louvamos a vinda de um presidente que comanda um país cuja palavra liberdade é proibida de ser expressa.

Enquanto a esquerdopatia condena o AI-5, ela aplaude a vinda daquele que colaborou para Fidel Castro calar a boca dos seus opositores. Será que algum jornalista valentão vai jogar seus sapatos na cabeça de Raúl Castro? José Dirceu disse que o AI-5 representa dez anos de sombra na história. Vai ver, para ele e muitos esquerdopatas, a vinda de Raúl Castro é uma luz para a história do Brasil. A esquerda é assim mesmo: ao mesmo tempo que condena os atos criminosos que acabaram com a liberdade em certas regiões do mundo, comunga com os atos repressivos daqueles governos que combinam com seus ideais. Na época do AI-5, Dirceu e seus cupanheros queriam implantar o mesmo regime cubano que ainda impera na ilha de Fidel. Deus me livre! Eu quero liberdade e não a luz de tiranos e admiradores de ditaduras comunistas.

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