quarta-feira, 27 de maio de 2009

Gabrielli nega que Petrobras seja petista e use critérios partidários

Na Folha

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, negou ontem, em entrevista em Salvador, que a empresa tenha se tornado petista durante sua gestão e que use "critérios partidários" para firmar contratos e repassar verbas de patrocínio."A diretoria da companhia só tem uma pessoa que é de fora da Petrobras, que sou eu, que fui indicado pelo Conselho de Administração", disse Gabrielli, após ser questionado se a empresa se tornara "petista". Segundo ele, os seis diretores são funcionários de carreira.Entre as linhas de investigação, a CPI da Petrobras no Senado quer esclarecer a utilização de ONGs na Bahia -uma delas presidida por uma dirigente petista- para o repasse de verbas para festas de São João realizadas por prefeituras. Em 2008, a estatal repassou R$ 1,4 milhão para patrocinar festas juninas em 26 cidades.Questionado sobre os critérios de escolha das instituições, Gabrielli respondeu: "Eu poderia também revelar aqui o que nós estamos gastando, por exemplo, em publicidade com jornais e com as televisões. Isso é muito mais do que repassamos às entidades". Ele negou que estivesse fazendo uma ameaça à imprensa.Gabrielli também negou favorecimento a ONGs petistas.Também em Salvador, Lula negou ter interferido nas indicações para compor a CPI. "É problema do Congresso, sobretudo do Senado. Eles vão se reunir e indicar quem deve ser presidente, relator, suplente. O presidente não tem competência para dar palpite sobre quem deve ser [indicado]."

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