sábado, 10 de maio de 2008

Crimes eleitorais

Do Jornal Nacional

O governador de Goiás, Alcides Rodrigues Filho, e o senador Marconi Perillo são acusados de crimes eleitorais na campanha de 2006. A denúncia do procurador-geral da República foi publicada pela “Revista Época”.
A denúncia da Procuradoria Geral da República mostra esquema ilegal para transferir recursos da campanha do atual governador de Goiás, Alcides Rodrigues, do PP, para a campanha do senador Marconi Perillo, do PSDB, em 2006. Na denúncia publicada na edição desse fim de semana da “Revista Época”, Perillo e Rodrigues filho são acusados de formação de quadrilha, peculato, caixa dois, uso da máquina pública e utilização de notas frias e laranjas para fraudar a prestação de contas da campanha.
Segundo a revista, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça negociação entre uma funcionária do PSDB em Goiás, Waldete Faleiros, e o empresário Genaro Herculano, dono da Multicooper, para fornecimento de notas fiscais para justificar gastos que não foram feitos na campanha.
Ainda segundo a “Revista Época”, o procurador Antônio Fernando de Souza afirma que depois que as investigações começaram provas foram retiradas do comitê de campanha de Marconi Perillo, como mostram outras escutas telefônicas.
No diálogo Waldete Faleiros pergunta à Rodrigo, funcionário do comitê se ele conseguiu tirar da sala documentos e o computador. Rodrigo diz que foi pego de surpresa. No fim, Waldete pergunta se tudo foi levado pela Polícia Federal. Ele responde que sim. E ela exclama: “Ai meu Deus!”.
O procurador está convencido de que há provas de que tanto o senador Marconi Perillo quanto o governador de Goiás, Alcides Rodrigues Filho, sabiam de todo o esquema. A denúncia contra eles já está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. Se for acolhida, eles passarão a ser réus em ação penal.
O advogado do senador Marconi Perillo, Antônio Carlos Castro, rebateu as acusações.
“Não há nenhuma irregularidade nas contas do senador Marconi. Infelizmente, não lhe foi dado direito de defesa. Mas tenho a convicção de que se ele tivesse sido ouvido não existiria a denúncias”, afirmou o advogado.
“As minhas contas de campanha foram rigorosamente examinadas pelo tribunal e todas elas foram aprovadas”, defendeu-se Alcides Rodrigues.

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