segunda-feira, 22 de junho de 2009

Em "semana chave", Sarney tenta conter crise contínua

Na Folha

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), considera esta uma "semana chave" para tentar superar a crise instalada na Casa desde sua posse, em fevereiro deste ano.Para sair da defensiva, diante das acusações seguidas de nomeações de parentes, ele planeja adotar medidas da reforma administrativa do Senado anunciada anteriormente.Sarney pode anunciar amanhã, por exemplo, a troca do diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo. Dentro de sua estratégia de conquistar apoio dos colegas, deve escolher o substituto em comum acordo com os demais membros da Mesa Diretora do Senado e submeter o nome ao plenário.Esta foi uma das oito propostas apresentadas na semana passada por um grupo de senadores, classificadas por eles como essenciais para o Senado contornar a atual crise. Sarney também quer definir amanhã com a Mesa Diretora a implementação de outras medidas: auditoria externa em contratos e um plano de redução do número de funcionários.Sarney quer acelerar a adoção das sugestões da FGV (Fundação Getúlio Vargas), contratada sem licitação para apurar o alto número de diretores no Senado. A proposta principal prevê um corte, até o fim do ano, de até 60% no quadro de servidores da Casa, hoje estimados em 10 mil.A partir do relatório da FGV, assessores de Sarney estimam que as demissões poderiam chegar a 5.500 servidores -os cortes seriam focados em terceirizados e comissionados.O presidente do Senado tem sido criticado reservadamente até por aliados diante de sua atitude reativa em relação aos episódios envolvendo a Casa e a ele pessoalmente. Foi aconselhado, por exemplo, a demitir qualquer parente seu empregado na instituição. Leia mais aqui.

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