Milhares de partidários de Mir Hossein Mousavi, candidato reformista derrotado nas eleições iranianas, foram às ruas de Teerã ontem vestindo preto e levando velas durante o "dia de luto" convocado pela oposição em homenagem aos mortos nas manifestações desta semana. Foi o sexto dia seguido de protestos, os maiores desde a Revolução Islâmica de 1979.A cobertura dos protestos pela imprensa continua restrita e é difícil determinar o número exato de mortos e comprovar a dimensão das manifestações, embora o jornal britânico The Guardian afirme que 1 milhão de pessoas teriam participado do ato de ontem, que contou com a participação de Mousavi, que discursou para a multidão.O protesto foi outro claro desafio à autoridade do líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei. Mousavi e seus partidários exigem a realização de novas eleições, alegando que houve fraude na votação realizada na semana passada, que terminou com a vitória folgada do presidente do Irã, o conservador Mahmoud Ahmadinejad. Segundo o Guardian, a manifestação de ontem foi maior do que a realizada na segunda-feira, quando oito pessoas morreram em confrontos com partidários do governo. Lojas no trajeto da marcha teriam sido fechadas em apoio ao protesto.Em um tímido sinal de concessão aos manifestantes, o Conselho dos Guardiães, instituição constitucional composta por 12 membros, anunciou que realizará amanhã uma reunião extraordinária com os candidatos derrotados para ouvir as queixas de fraude. O órgão prometeu emitir um parecer sobre a recontagem até domingo.O anúncio do encontro, porém, não foi capaz de reduzir a tensão nas ruas. O conselho é diretamente submetido ao aiatolá Khamenei, um dos acusados de manipulação do processo eleitoral. Segundo as leis iranianas, o órgão tem poder de vetar as votações populares. Leia mais aqui.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
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