terça-feira, 2 de março de 2010

A volta dos que não foram

Aos poucos os mensaleiros do DEMO vão tentando escapar dos processos que pesam nas suas costas. Ontem foi a vez do deputado que colocou dinheiro na meia. Hoje foi o deputado que fez a oração da propina. A justificativa para a renúncia foi a mesma: manipulação, golpe, "não é isso que vocês estão vendo", aquelas justificativas de malandros pegos com a boca na botija.
Fazem o que todos os safados flagrados fazem: fogem. Hoje eles renunciam aos seus mandatos sempre na esperança de que o povão vai esquecer toda a lambança que os mensaleiros fizeram e conseguirão os votos suficientes nas próximas eleições para voltarem aos mesmos cargos que renunciaram. José Roberto Arruda, o chefe do mensalão do Distrito Federal, renunciou ao mandato de Senador em 2001 para escapar da cassação do mandato. Voltou para o Congresso no ano seguinte como deputado federal e em 2006 foi eleito governador do DF. E o que dizer dos mensaleiros petralhas? José Genoíno e Antônio Palocci saíram do governo mais sujos que pau de galinheiro. Um ano depois do mensalão vir à tona os dois foram eleitos deputados. Sem contar os outros que participaram desta quadrilha. José Dirceu foi cassado, mas hoje comanda o PT. Delúbio Soares saiu do partido, mas não perdeu a ligação com os líderes.
Este é um filme que todos nós não cansamos de assistir: "A volta dos que não foram". As estrelas são as mesmas e o financiamento também, o nosso dinheiro.
Hoje os safados da meia e os pilantras que tomam o nome de Deus em vão renunciam ao mandato porque sabem que daqui um ano o povão vai esquecer disso tudo e eles vão voltar para onde nunca saíram. E voltarão com toda pompa acusando a imprensa, sempre ela, de manipular. Colocar dinheiro na meia, a cueca, no palitó? Que isso! É tudo invenção da imprensa. É só uma forma de deixa "A volta dos que não foram" mais divertida.

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