Leio na Folha de hoje que o PT mais uma vez culpa a imprensa e o empresariado pelas "denúncias vazias" (leia-se mensalão" contra o partido em 2005. É tudo um complô. É tudo um golpe. Ou como adora escrever Mino Carta, é a imprensa e o empresariado que não contenta em ter um operário como presidente destêpaiz.
Pois é. O mensalão foi um golpe mesmo. Um jornalista colocou dinheiro na cueca do assessor do irmão de José Genoíno. Outro jornalista cochichou no ouvido de Delúbio Soares informando sobre o dinheiro de Marcos Valério. Um empresário deu dinheiro de origem duvidosa para os aloprados petralhas comprarem um dossiê fajuto que poderia minar com a candidatura de José Serra ao governo de São Paulo. Como pode se ver, é tudo golpe. É a imprensa e o empresariado que não se aguenta de ter um operário como presidente.
É tudo golpe? Eduardo Azeredo é do PSDB. Ele também usou dinheiro sujo de Marcos Valério. Foi golpe? José Roberto Arruda também usou dinheiro sujo para comprar deputados. Foi algum empresário ou algum jornalista que não estava satisfeito com a sua atuação a frente do governo do Distrito Federal?
Para o PT, todas as acusações contra seus cupanheros é golpe, mas as acusações contra seus adversários é uma oportunidade ímpar para criticar, apontar o dedo. Coitados do PSDB de Eduardo Azeredo e do DEMO de José Roberto Arruda. Os dois não tem os apoios explícitos de um Mino Carta e de uma Marilena Chauí para teorizar sobre a corrupção praticada pelos seus cupanheros.
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