quinta-feira, 11 de março de 2010

Só se for dissidente esquerdista

Segundo Celso Amorim, o Brasil não deve apoiar "tudo quanto é dissidente". Hummm... Interessante. Quando o dissidente é de esquerda o governo brasileiro mexe o traseiro e faz de tudo pelo bem estar deste "revolucionário". Quando o dissidente é opositor aí a coisa já muda de figura. Com Cesare Battisti o governo rebolou para mantê-lo aqui e quase brigou com o governo da Itália. Já com Cuba... Bem, que os prisioneiros cubanos continuem sofrendo nas cadeias dos tiranos Castro.
Dilma Rustoff desviou e não comentou as declarações de Lula sobre os dissidentes cubanos. Apenas disse que a política externa do Brasil "foi uma das melhores coisas que Lula já implantou". Uma política que apóia as loucuras do tirano do Irã. Uma política que se cala quando Fidel Castro persegue dissidentes. Uma política que nada faz quando Hugo Chávez bota seus puxa-saco nas ruas para bater em quem não segue a cartilha do "socialismo do século XXI".
Durante os jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro em 2007, alguns pugilistas cubanos tentaram fugir de Cuba e ficar por aqui. O que Lula fez? Mandou-os de volta para as mãos de ferro de Fidel Castro. Talvez se os pugilistas fossem americanos tentando fugir do então governo Bush seriam bem recebidos.
O Brasil mais uma vez se cala quando o assunto é direitos humanos violados por governos esquerdistas. Os nossos humanistas só defendem os direitos humanos quando os adversários violam. Estes peitam até a mais alta patente militar para exigir punição aos milicos torturadores durante o regime militar (1964-1985). Mas peitar Fidel Castro eles não peitam. Ficam quietinhos. Fazem de conta que nada é com eles. Um dissidente morreu depois de fazer greve de fome, outro também faz a mesma greve e Celso Amorim fala que o Brasil não pode apoiar "tudo quanto é tipo de dissidente". Se o dissidente foi de esquerda será muito bem recebido por aqui. Se for de direita que vá logo para o inferno. Eis a maravilhosa política externa aplicada por Lula e apoiada por Dilma Rustoff.

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