quarta-feira, 1 de julho de 2009

No pior dia da crise, partidos pedem que Sarney se afaste

Na Folha

Os partidos DEM, PSDB e PDT pediram no plenário o afastamento temporário do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que viveu ontem seu pior momento na atual crise. O agravamento de sua situação, com uma declarada debandada até dos aliados democratas, levou o peemedebista a discutir com amigos e familiares a possibilidade de se licenciar ou renunciar ao cargo para preservar o mandato.Sarney fazia, ontem à tarde, uma contagem de votos para checar se ainda tinha apoio suficiente para permanecer no comando da Casa. Sua mulher, Marly Sarney, era a principal defensora de sua saída.Em sua única manifestação oficial ontem, a assessoria do peemedebista informou que "a hipótese de afastamento não está em análise". Sarney presidiu a sessão pela manhã no Senado, mas não a da tarde, como estava previsto.Os três partidos que pediram o afastamento de Sarney têm 32 dos 81 senadores. Entre os aliados, ele conta com 17 dos 19 votos no PMDB a seu favor. Com sete senadores, o PTB fechou questão em apoio a Sarney. O PT, com 12, está dividido e faria uma reunião ontem à noite para discutir a situação.A líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), disse que Sarney é um dos que têm culpa pelos desmandos administrativos, mas "não pode ser o único responsabilizado".Aliados definiram a situação de Sarney ontem como extremamente delicada. Quem esteve com o senador disse que ele estava fragilizado e com dificuldades para articular sua própria defesa. No fim da tarde, o presidente do PSDB, senador Sergio Guerra (PE), classificou a crise de "monumental". "A grande tragédia é que não temos mais presidência da Casa."No início da noite, Sarney ganhou fôlego após uma intervenção dos tucanos no plenário, divulgando que haviam feito uma proposta ao presidente do Senado de se afastar do cargo e criar uma comissão formada por senadores para recuperar a imagem da Casa. Leia mais aqui.

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