sábado, 1 de janeiro de 2011

Supremo não tem prazo para libertar italiano

Na Folha online



Os ministros do Supremo Tribunal Federal deverão libertar Cesare Battisti, mas não há prazo para que isso ocorra. Responsável por decretar a prisão do italiano, em 2007, o tribunal é que vai emitir o alvará de soltura.
O presidente do STF, Cezar Peluso, confirmou anteontem que o tribunal deverá analisar os argumentos usados por Lula para manter Battisti no Brasil a partir de fevereiro, quando termina o recesso do Judiciário.

Para o ministro Marco Aurélio Mello, contudo, Battisti deve ser solto imediatamente e a decisão de Lula não deve ser revista pela Corte.
Em 2009, o STF decidiu que a palavra final seria de Lula, limitando, porém, sua atuação ao Tratado de Extradição entre Brasil e Itália.
Caberá ao relator do caso, ministro Gilmar Mendes, produzir uma análise sobre o ato e levar a discussão ao plenário. Em 2009, Mendes foi favorável à extradição.
Os ministros estão divididos em duas linhas: a primeira, de que Lula não poderia argumentar que Battisti corre risco de ser perseguido, pois o STF já descartou a hipótese.
A segunda, que deve prevalecer, afirma que a decisão de Lula é política, não importando se ela contradiz o Supremo. Ou seja, basta que ele cite o tratado --como de fato foi feito-- para que sua palavra seja validada. 

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