Falei aqui ontem que esta crise no Senado me diverte. Renan Canalheiros posando de ético dos senadores e Fernando Collor com seu olhar matador. Como encerrar esta semana quente no Senado Federal sem Eduardo Suplicy? Sim, ele deu o ar da graça hoje.
Suplicy brigou com alguém? Alguém apontou o dedo na cara dele e ele, deixando de lado seu lado zen, mandou seu acusador enfiar o dedo sujo onde bem entender? Que nada! Suplicy só merece destaque no Senado quando mostra sua voz. Ele cantando é um ótimo senador. Hoje não poderia ser diferente. Como domingo é Dia dos Pais, Suplicy cantou Father and Son de Cat Stevens. Eu não conheço nem a música e nem o cantor. Conheço o cantor Eduardo Suplicy que, nas horas vagas, ataca de senador.
Incomodar José Sarney? Perguntar para Renan Canalheiros como ele está pagando a pensão para filha que teve fora do casamento? Falar para Welington Salgado "Por que não te calas?". Que nada! A semana fechou mesmo com a voz macia e delicada de Eduardo Suplicy. É a leveza que José Sarney desejava para acalmar os ânimos depois de uma semana tão turbulenta.
Ah, sim. Ao ler na Folha online que Eduardo Suplicy cantou no Senado lembrei na hora de Aracy de Almeida. Não, não sou tão velho assim. É que eu lembro dela como jurada do Show de Calouros apresentado por Silvio Santos. Aracy era o terror dos calouros. Se o candidato não agradasse a velhona soltava buzina e descia a lenha. O que Aracy de Almeida faria se ouvisse a voz macia e delicada de Eduardo Suplicy? Soltava a buzina! E como uma buzina no estilo Aracy de Almeida acabaria não somente com a cantoria de Suplicy mas também com a tranquilidade de José Sarney até hoje garantida por pessoas éticas como Renan Canalheiros, Fernando Collor de Melo, Paulo Duque e, é claro, Lula. O que falta é buzina, barulho. Um barulho que essa gente não dormiria. Que falta faz Aracy de Almeida...
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