quarta-feira, 10 de junho de 2009

Ciclo de queda do juro está próximo do fim

Por Ricardo Rego Monteiro
no Jornal do Brasil

Diante da boa notícia representada pela queda menos acentuada do Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre deste ano, economistas projetam não só uma queda menos acentuada da taxa básica de juros (Selic) na reunião de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), como também a proximidade do fim do ciclo de queda dos juros. Para hoje, a quase totalidade dos analistas de mercado projeta o anúncio de um corte de 0,75 ponto percentual da Selic. A expectativa é que o BC promova, no máximo, cortes nas próximas duas reuniões, com tendência de manutenção da taxa básica na casa dos 9% pelo menos ao longo do primeiro semestre de 2010.
Um dos que apostam em corte de 0,75 ponto percentual, o ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas ressalta, no entanto, que, muito mais importante como sinalização do que a redução da Selic, será a mensagem do Copom no fim da reunião. Por meio dela, justifica Freitas – atual economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio – o BC deve enviar sinais de manutenção dos cortes pelo menos nas próximas duas reuniões. Para o economista, só assim vai ser possível reverter a tendência dos últimos dias de alta das taxas no mercado futuro.
Ontem, depois da divulgação do PIB pelo IBGE, o juro futuro para janeiro de 2010 já havia subido 1,42% – para 9,28% – enquanto a taxa para janeiro de 2012 apresentava alta de 3,5%, para 11,27%. Gestor de Renda Fixa da Global Equity, o economista Octávio Vaz explica que a alta se deu pela interpretação dos agentes de mercado de que o PIB do primeiro trimestre indicaria que o ritmo de atividade da economia se encontra em patamar melhor do que se esperava. Por isso, raciocina Vaz, o BC agora deverá se tornar mais moderado no ritmo de corte.
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