quinta-feira, 30 de abril de 2009

Redução na taxa de juros

Por Ricardo Rego Monteiro
no Jornal do Brasil

Sob uma saraivada de críticas de empresários, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) diminuiu o ritmo de queda da taxa de juros, ao anunciar ontem uma nova redução da Selic de 1 ponto percentual, de 11,25% ao ano para 10,25%. Projeções da Fecomércio-RJ indicam que, ao não baixá-la em 1,5 ponto percentual, o governo deixa de economizar R$ 3 bilhões no pagamento do serviço da dívida pública. Apesar da decepção, a redução foi suficiente para deslocar o país da indigesta liderança no ranking dos maiores juros do mundo.
Com juro real (descontada a inflação do período) de 5,8%, desde ontem, o Brasil ocupa a terceira colocação na lista, atrás respectivamente de China (6,6%) e Hungria (6,4%), de acordo com cálculos da consultoria Uptrend. Em termos nominais, o Brasil fica atrás apenas de Venezuela (17,10%), Islândia (15,5%) e Rússia (12,5%). Entre as grandes economias, a crise derrubou as taxas para patamares próximos de zero. É o caso dos EUA (entre 0,25% e 0%), União Europeia (1,25%), Coreia (2%) e Austrália (3%).
O corte de ontem representou a terceira redução seguida da taxa básica, que estava em 13,75% ao ano no início de 2009. Em janeiro, o Copom reduziu a Selic para 12,75%, e em março para 11,25%. Desde o fim de 2003, no início do governo Lula, o BC não promovia uma sequência de cortes de juros dessa magnitude. Os diretores do BC só voltam a se reunir nos dias 9 e 10 de junho.
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