Os cariocas estão uma arara com a emenda Ibsen Pinheiro que dividirá os royalties do pré-sal com todos os estados brasileiros e não ficando apenas com aqueles que produzem. O Jornal do Brasil mesmo vestiu a camisa da campanha pelo veto à emenda. Os políticos cariocas dizem que a divisão vai "quebrar" o Rio de Janeiro prejudicando a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. Eles tem razão de chorar. São R$ 7 bilhões que não serão guardados nos seus cofres.
Lágrimas a parte, vamos perguntar uma coisa: se Lula vetar a emenda Ibsen e o dinheiro do pré-sal continuar no Rio de Janeiro quem é que vai garantir que este dinheiro irá para o seu destino certo? Quem é que garante que as obras da Olimpíada vai ter dinheiro suficiente e não serão superfaturadas? Muitos se fala do dinheiro que vai sair, mas pouco se fala do dinheiro que vai entrar nesta brincadeira.
Veja o cado dos Jogos Pan-Americanos. Até hoje o Comitê Olímpico Brasileiro não deu explicação convincete sobre o dinheiro empregado nas obras. Cadê o dinheiro? O gato comeu? Ninguém sabe.
Vivemos um período de demonização da fiscalização das obras públicas. Lula é expert em criticar quem fiscaliza. O TCU é alvo constante de críticas lulistas. Mas, se a emenda Ibsen cair e o dinheiro continuar no Rio é preciso fazer uma fiscalização rigorosa nas obras dos Jogos Olímpicos de 2016. Ah, mas se Lula não vetar a emenda e o dinheiro for distribuido para todos os estados não podemos nos esquecer de pegar a lupa e ver para onde este dinheiro está indo.
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