O então candidato a prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB) disse durante a campanha de 2004 que resolveria os problemas do transporte coletivo nos seis primeiros meses da sua administração. Muita gente criticou dizendo que era impossível, mas o povão acreditou e o velhinho voltou ao poder depois de duas derrotas seguidas (em 1998 quando perdeu a campanha pelo governo para Marconi Perillo e em 2002 quando foi derrotado na disputa pelo Senado).
Durante os seis primeiros meses a frente da Prefeitura de Goiânia, Iris foi fazendo de conta que estava resolvendo todos os problemas do transporte coletivo como havia prometido durante a campanha eleitoral. Colocou trezentos novos (?) ônibus nas ruas, reformou, ou melhor, pintou as fachadas dos terminais. Mas os problemas persistiam. Os problemas eram tantos que não cabiam em apenas seis meses. E o trabalho do velhinho foi tão pouco que nem deu para seis meses. Iris Rezende não cumpriu esta promessa de campanha. Os críticos estavam certos. Mas o povão quis Iris, não é mesmo? O povão acreditou nesta promessa. Fazer o que?
Os seis primeiros meses da administração Iris passaram e o transporte coletivo continuava com os mesmos problemas desde que Iris assumiu: atrasos, lotação, linha de ônibus que não atendem à demanda... Problemas que se arrastam. Problemas que não são resolvidos. Problemas que são empurrados pela barriga.
Acabo de ler no Diário da Manhã o protesto de usuários do transporte coletivo no terminal da Praça da Bíblia. O povão está indignado. Semana passada Iris disse que não sabe se vai ser candidato ao governo nas eleições de outubro deste ano ou se continua na prefeitura. Os problemas do transporte coletivo são tantos que vão acarretar e muito na decisão do velhinho. Se sair candidato seus adversários vão lembrar da promessa dos seis meses que não foi cumpruda. Se continuar na prefeitura terá que ouvir o povo não mais decidir sobre o seu futuro político, mas sim sobre a incompetência da Prefeitura de Goiânia em resolver os problemas do transporte coletivo.
Eu poderia muito bem dizer: "Quem mandou acreditar num cara que disse que resolveria todos os problemas em apenas seis meses!" Prefiro dizer: "Quem mandou Iris Rezende fazer uma promessa Tabajara de que em seis meses todos os seus problemas acabam". Toma, Iris! Agora aguenta.
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