quarta-feira, 2 de abril de 2008

O PT e a reeleição em 1997

Vejam o que José Dirceu e Lula diziam em 1997, no período em que o Congresso Nacional votava a reeleição. Está na Folha de São Paulo do dia 06 de março daquele ano e assinada por Daniela Pinheiro e Denise Madueño:

O presidente do PT, José Dirceu, disse ontem que a oposição deve sair às ruas para ''conclamar as greves e a ocupação de terras''.Segundo ele, os partidos de esquerda devem evitar restringir suas ações ao Congresso e se aproximar da população para mostrar ''alternativa'' ao governo FHC.''Precisamos ir para as ruas conclamar as greves e a ocupação de terras. O bloco da oposição é importante para preservar também o Legislativo, já que a base já se ajoelhou'', disse, referindo-se aos parlamentares que apóiam o governo.As declarações foram feitas ontem à tarde durante a formalização do bloco parlamentar de oposição, composto pelo PT, PC do B e PDT, o que transformou o conjunto de partidos no quarto maior da Câmara, com 84 integrantes _atrás do PMDB, PFL e PSDB.No domingo passado, líderes do PT, incluindo o presidente de honra, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanharam uma invasão simbólica de uma fazenda no Pontal do Paranapanema (oeste de São Paulo). Na ocasião, eles discursaram a favor da reforma agrária.MarchaO PT também tem apoiado a Marcha Nacional pela Reforma Agrária, Emprego e Justiça, que conta com a adesão de 600 trabalhadores sem terra e que deve chegar a Brasília em 17 de abril.Ao analisar a política adotada pelo governo FHC, Dirceu disse que a linha seria a mesma dos tempos do regime militar.''FHC está tomando todo o poder, como na época da ditadura. É todo o poder na mão de um homem, de um camarilha'', disse. Camarilha é o conjunto de pessoas que cercam um chefe de Estado para influenciar suas decisões.Em seu discurso sobre o bloco da oposição, Lula também atacou o governo. Ele enumerou atos de FHC que, a seu ver, revelam o ''autoritarismo'' do presidente.Lula citou o uso excessivo de medidas provisórias, o fato de os servidores públicos não terem recebido aumento e a aprovação da emenda da reeleição.

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